sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Resiliência

Uma competência cada vez mais exigida dos profissionais.

Segundo o dicionário eletrônico PRIBERAM.PT resiliência vem do inglês resilience e sua definição é “a propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação” ou, no sentido figurado, “a capacidade de superar, de recuperar-se de adversidade”.

Podemos dizer amiúde que Resiliência é a capacidade do indivíduo tem para lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse, etc. - sem se deixar levar a um estágio de estresse psicológico de forma a ser influenciado por estado emocional.

Surge daí então uma nova Competência que passa a ser exigida dos profissionais que estão inseridos em um contexto organizacional, principalmente naquelas funções em que ambiente de trabalho é compatível com esse tipo de carga emocional e seus profissionais estão constantemente submetidos a alguma pressão, seja por resultados, seja por atendimento, seja por metas, o que é totalmente comum nas empresas de hoje, face à competitividade imposta pelo Mercado e à necessidade que esta empresa tem de estar a frente para manter a saúde financeira de seu caixa.

Por isso surge uma nova demanda no mercado na busca por profissionais que sejam resilientes e que consigam agir de forma assertiva, mesmo que submetidos a altos níveis de estresse e cobranças. Óbvio, que não estou falando de (e nem desejo que seja) super máquinas, robores sem sentimento que não se relacionam, que não tem problemas em casa, ou seres espaciais que não tem dívidas, tampouco algum espetacular estátua que não sente nada. Claro que as pessoas tem anseios, necessidades. E quem nessa vida não tem problema? Se você acha que não, converse comigo somente dois minutos que eu lhe consigo vários bem rapidinho.

Brincadeiras à parte, o fato é que o profissional que sabe usar a resiliência é aquele que mesmo com seus problemas e mesmo que submetido a situações estressantes, consegue passar por cima e voltar “o estado original”, lembra-se da definição no início? Ou seja, o sujeito vai sim sentir o baque daquela situação, mas o seu poder para contornar e rapidez em que isso ocorre é o diferencial desse profissional.

Cuidado! Muita calma neste momento. Não estamos falando de apatia. Ser apático é ruim. Essa é diferença entre os de origem latina e os de origem britânica. Nós brasileiros somos profissionais que vibram, que torcem, que se emocionam e isso é de suma importância e reflete-se diretamente na equipe da qual fazemos parte. É muito bom ter profissionais que vibram, que sabem comemorar (ou refletir) diante de um determinado resultado. Ser apático destrói qualquer chance de relacionamento. A apatia afasta as pessoas, ninguém gosta de ser tratado com indiferença, o tipo de semblante que não se move diante de uma tragédia ou de uma grande vitória ocorrida na equipe. E definitivamente, resiliência não isso. Lembre-se da nossa definição no início.

Agora você deve está dizendo “tá bom Rafael, já entendi o que resiliência, que não devo ser apático, que tenho que absorver os problemas e, mesmo diante do choque, voltar ao estado original. Mas como me tornar então um profissional resiliente?” E posso falar para você que a pergunta foi muito boa e como resposta eu vou te dizer que sinceramente eu não sei!

Não há um padrão, tampouco uma fórmula mágica como a dos “Ursinhos Gummy” para que você se torne um o “Resiliente do Ano”. A resiliência é inerente dos seres humanos em maior ou menor grau é um posicionamento que se quer ter e tem muito haver com a subjetividade da personalidade de um indivíduo e todo um papo de psicólogo que não é o foco aqui. Ela (resiliência) depende muito de como você reage diante das adversidades da vida.

C.H. Spurgeon falou certa vez que “Se descobrisse um remédio para os problemas, eu não divulgaria. Os problemas e adversidades da vida servem para nos amadurecer e é bom se acostumar, pois não vida você terá muito deles pela frente”.